terça-feira, 13 de setembro de 2011

A solução é a queima do lixo???

Documento do Movimento Nacional dos Catadores diz que 10 cidades podem fazer uso da ‘queima do lixo’

Segundo documento do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, a incineração de lixo pode ser implementada em dez municípios paulistas, as quais estudam a viabilidade ou já estão em fase de consultas públicas e preparando editais para a instalação de equipamentos para eliminar os resíduos por meio da queima.
Para o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério de Meio Ambiente, “a questão deve ser abordada com cautela”. Ele disse que a destruição de resíduos tem diversas implicações, desde o impacto ambiental da queima até a eliminação de recursos não renováveis.
Além disso, o representante do Ministério de Meio Ambiente aponta que, para justificar o alto custo dos fornos, é necessário queimar grandes quantidades de lixo, o que não teria sentido com a implementação de um amplo programa de reciclagem. “Para um incinerador se viabilizar economicamente é preciso ter uma grande quantidade de resíduos. Isso contraria a Política [Nacional de Resíduos Sólidos], porque a política vai no sentido de reduzir ao máximo o resíduo”, declarou o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano.
Ele pondera, entretanto, que essa legislação sobre o tratamento do lixo urbano e industrial, aprovada em agosto do ano passado, não exclui a incineração como forma de tratar os resíduos que não podem ser aproveitados.
São José dos Campos, cidade paulista apontada no documento do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, investe no projeto da usina de incineração do lixo, mas prevê a separação dos materiais recicláveis (vidros, plásticos e metais), a biodigestão dos resíduos orgânicos (com a produção de gás e composto) e a queima do excedente.
Diz a administração municipal de São José dos Campos, que o processo irá reduzir em 30% as 200 mil toneladas anuais de lixo produzidas pelos 627 mil habitantes da cidade. Além disso, a usina vai poderá gerar algo perto de 12 megawatts de energia, o suficiente para abastecer 30 mil residências, 20% da demanda da cidade.
A prefeitura de São José dos Campos garante ainda que a proposta, disponibilizada para consulta pública, “está alinhada com rigorosos padrões internacionais de controle de emissões”.
O Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, além de apontar a cidade de São Bernardo do Campo, incluiu na lista os municípios paulistas de Lorena, Barueri, Ferraz de Vasconcelos, Assis, São Sebastião, Taubaté e Canas também estão em um estágio avançado de discussões sobre o uso de incineradores de lixo

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